quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fenomenologia


Segundo seu fundador, o filosofo Edmund Husserl é a descrição do que mostra por si mesmo. É o método de apreensão da essência absoluta das coisas.
Fenomenologia deriva do grego phainesthai que significa aquilo que se mostra, e logos significa estudo do que se apresenta. Coloca-se a frente de todo juízo e de toda crença para explorar simplesmente objeto.
É a ciência do subjetivo, dos objetos como objetos e dos fenômenos. Seu objeto de estudo é o próprio fenômeno buscando a consciência do sujeito através das experiências internas apresentadas em sua expressão.
É essa busca que a fenomenologia busca dar sua própria concepção do mundo a partir da consciência formulada pelo sujeito com base em suas experiências. Deve ser estudado tal como é para o sujeito e sem interferência de qualquer regra cabendo a abstração da realidade distanciando um pouco sem perder a essência do que é real estudando o que parece ser.
Texto original em:WWW.euniverso.com.br

Nascido numa família judaica numa pequena localidade da Morávia (região da actual República Checa). Aluno de Franz Brentano e Carl Stumpf, Husserl influenciou entre outros os alemães Edith Stein, Eugen Fink e Martin Heidegger, e os franceses Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Michel Henry e Jacques Derrida. O interesse do matemático Hermann Weyl pela lógica intuicionista e pela noção de impredicatividade teria resultado de contatos com Husserl. Na verdade, a impulsão primeira da lógica positivista, como seus desenvolvimentos mais recentes, seríam estreitamente tributários da crítica de certos aspectos da filosofia de Husserl pelas filosofias insulárias e americanas. Ao reverso, a obra do discípulo Heidegger foi considerada pelo mestre como resultando de graves desinterpretações de seus ensinos e métodos. Em 1887, Husserl converte-se ao cristianismo e junta-se à Igreja Luterana. Começa ensinando filosofia em Halle como tutor (Privatdozent) desde 1887, continua em Göttingen como professor em 1901 e mais tarde em Friburgo (Freiburg am Breisgau) a partir de 1916, até que se aposenta em 1928. Como aposentado, Husserl continua suas pesquisas e atividades nas instituições de Friburgo, até que seja definitivamente demitido por causa de sua ascendência judia, sob o reitorado de seu antigo aluno e protegé, Heidegger.
Em 1884, começa a atender as lições de Franz Brentano em filosofía na Universidade de Viena. Brentano tanto impressionou Husserl que ele pretende então dedicar sua vida à filosofia. Em 1886 Husserl vai à Universidade de Halle, recomendado por Brentano para Carl Stumpf para sua habilitação. Sob sua direção, Husserl escreve Über den Begriff der Zahl (« Sobre o Conceito do Número », 1887) cujos arquivos fornecerão as bases de sua primeira obra importante, Philosophie der Arithmetik ("Filosofia da Aritmética", 1891). Nessas primeiras pesquisas, Husserl tenta combinar matemática com a filosofia empírica pela qual tinha sido iniciado em Viena.
Outro elemento importante herdado por Brentano foi a noção de intencionalidade, que define a forma essencial dos processos mentais. Uma definição simples dirá que a principal característica da consciência é de ser sempre intencional. A consciência sempre é consciência de alguma coisa : a análise intencional e descritiva da consciência definirá as relações essenciais entre atos mentais e mundo externo. Mas, para Brentano, o objetivo fora gerar com métodos empíricos (apoiando-se na introspecção pura) um critério-chave que possa caracterizar os fenômenos psíquicos por oposto aos fenômenos físicos, distinção cujo objetivo fora legitimar uma ciência psicológica nova, e livre de preconceitos (Psychologie vom empirischen Standpunkt, 1874). Para Brentano, todo ato mental tem seus conteúdos, caracterizados por sua direção a um objeto ("objeto intencional"). Toda crença, desejo, tem necessariamente seus objetos : o desejado, o acreditado, etc. Brentano usou da expressão “inexistência intencional” para indicar o status, na mente, dos objetos do pensamento. Com a noção de intencionalidade, o filósofo austríaco propôs um conjunto de traços que distinguiriam de maneira perfeitamente empírica os fenômenos psíquicos dos fenômenos físicos : para Brentano, fenômenos físicos não tem intencionalidade. O desenvolvimento e a crítica do conceito brentaniano aparece como o motivo permanente, central, da obra de Edmund Husserl. A principal diferença, em sua interpretação da noção de intencionalidade, aparece na crítica de seu modo in-existente ("inexistência" como existencia "interna"): a transcendência necessária da mente e do discurso, a objetividade óbvia e no entanto contraditória do porvenir científico e histórico, a objetividade radical, constituidora, da subjetividade formarão a marca do trabalho do primeiro fenomenologista, e seus elementos próprios de fascinação.
Husserl elaborou alguns conceitos-chave que o levaram a afirmar que para estudar a estrutura da consciência seria necessário distinguir entre o ato de consciência e o fenômeno ao qual ele é dirigido (o objeto-em-si, transcendente à consciência). O conhecimento das essências seria possível apenas se “colocamos entre parênteses” todos os pressupostos relativos à existência de um mundo externo..
Husserl propôs que o mundo dos objetos e modos nos quais dirigimo-nos a eles e percebemos aqueles objetos é normalmente concebido dentro do que ele denominou “ponto de vista natural”, caracterizado por uma crença de que os objetos existem materialmente e exibem propriedades que vemos como suas emanações. Husserl propôs um modo fenomenológico radicalmente novo de observar os objetos, examinando de que forma nós, em nossos diversos modos de ser intencionalmente dirigidos a eles, de fato os “constituimos” (para distinguir da criação material de objetos ou objetos que são mero fruto da imaginação); no ponto de vista Fenomenológico, o objeto deixa de ser algo simplesmente “externo” e deixa de ser visto como fonte de indicações sobre o que ele é (um olhar que é mais explicitamente delineado pelas ciências naturais), e torna-se um agrupamento de aspectos perceptivos e funcionais que implicam um ao outro sob a idéia de um objeto particular ou “tipo”. A noção de objetos como real não é removida pela fenomenologia, mas “posta entre parênteses” como um modo pelo qual levamos em consideração os objetos em vez de uma qualidade inerente à essência de um objeto fundada na relação entre o objeto e aquele que o percebe. Para melhor entender o mundo das aparências e objetos, a Fenomenologia busca identificar os aspectos invariáveis da percepção dos objetos e empurra os atributos da realidade para o papel de atributo do que é percebido (ou um pressuposto que perpassa o modo como percebemos os objetos).
Texto:WWW.google.com.br/fenomenologia

Da intersubjetividade à intercorporeidade: contribuições da filosofia fenomenológica ao estudo psicológico da alteridade.
O questionamento filosófico considera o estudo psicológico da alteridade. Apresentam-se formas de surgimento do outro para mim e de sua possível presença como elemento constitutivo do mundo ao qual pertenço e, acima de tudo, como elemento que me constitui. Para que o outro possa ser reconhecido em sua radical alteridade não posso "instituí-lo" por comparação comigo mesmo, por analogia, nem por projeção ou introjeção e nem por processos de fusão afetiva. Estas são formas que excluem a possibilidade do reconhecimento do outro em sua diferença. É a partir da experiência sensível/ perceptiva, na esfera própria de um corpo vivido, que é possível o reconhecimento do outro como diferença por meio de suas formas expressivas. A noção de intersubjetividade poderia ser substituída segundo Junior com vantagens pela de intercorporeidade.
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veira
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Existencialismo e Humanismo

Jean-Paul Charles Aymard Sartre- Representante
do Existencialismo 
Existencialismo: corrente filosófica e literária surgida entre os séculos XIX E XX que acredita que o homem é responsável por seus atos. Por conseqüência tornando o homem mestre de seu destino. Essa responsabilidade trás a liberdade do mesmo fazer suas próprias escolhas, isso gera em muitos indivíduos uma paralisação e angustia ao tomar decisões que somente ele deve tomar. Dessa forma os fenômenos da mente começaram a ser estudos em si mesmo, ou seja em sua própria subjetividade, com o objetivo de encontrar sua significação.
O humanismo de Sartre é compreendido através de sua mais destacada conferência, intitulada O existencialismo é um humanismo. Sartre repensa sua filosofia, explicando por que considera a filosofia existencialista um humanismo. Afirma que o homem não nasce com essência alguma. Inicialmente apenas existe, aparece, está aí, jogado, e só depois será alguma coisa, dependendo do que faça de si mesmo. A existência do homem é uma condição para ele construir-se como homem. E isto não quer dizer apenas o desenvolvimento biológico ou psíquico. O homem deve construir-se a partir de seus planos, a partir da responsabilidade que tem por si e pelos demais. Esta responsabilidade faz o homem sentir-se em contato com o mundo que o cerca, e ser tocado pelos problemas da sociedade. Isto lhe gera angústia, que “não deve levar a um quietismo, e sim à ação”, buscando tornar-se útil à sociedade. “O homem está condenado à liberdade”. Tal é a máxima Sartriana, inúmeras vezes citada, que se tornou um lugar comum ao se falar em liberdade. Por que condenado? Afirma Sartre, que a essência do homem é liberdade. Os homens fazem a partir da liberdade, o que bem entendem de si mesmos.
Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- DEPTO DE FILOSOFIA
PROF. JOSÉ MARIA DE JESUS E SILVA( Prof. Adjunto do depto de Filosofia da UFMA)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Tratado científico sobre a descrição e classificação dos fenômenos, que se propõe a ser uma ciência do subjetivo, dos fenômenos e dos objetos como objetos.