segunda-feira, 25 de abril de 2011

PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL

Psicoterapia Fenomenológico-Existencial é uma terapia na qual o paciente reflete sobre suas atitudes, sua própria fala, participa ativamente do processo de atendimento, buscando e encontrando maneiras de relacionar-se consigo e com o mundo de forma mais agradável e menos sofrida. Percebe as suas qualidades, seu potencial individual e suas formas de modificar e viver diante desse mundo, valorizando assim sua existência.
Ouvir a angústia do outro não em forma de cura e remoção de sintomas, mas ouvir e compreender o sentimento e sofrimento do outro. O terapeuta tem a postura de fazer com que o paciente entre em contato com suas angustias e sofrimento, dando um sentido, significado e esclarecimento desses sentimentos, focando na vontade de constantes mudanças, sair ou amenizar esse sofrimento, entender o que realmente está sentindo e a relação com sua existência no mundo e em si mesmo.
Não tem o objetivo de acabar com a angústia e sofrimento, mas entrar em contato com isso, não apenas encontrar um local ou atividade como forma de escalpe, mas sim encontrar essa existência. Quando deparamos com esses sentimentos de forma clara e profunda, em alguns momentos ficamos perdidos, sem muito sentido essa falta que não passa, ao conseguir perceber nossa existência e significar de alguma forma essa angustia e sofrimento ameniza ou passa.
No atendimento o paciente se vê como sendo compreendido por outra pessoa igual e ele, mesmo que este seja seu terapeuta, inicia um diálogo que vai além de uma interpretação, testes e observações psicológicas, pois o terapeuta escuta de forma que se sensibiliza com o sofrimento ou queixa do outro, quando isso ocorre o paciente sente-se ouvido por completo, é como se o terapeuta entendesse realmente o tamanho de sua angústia e sofrimento.
Assim a principal diferença da psicoterapia fenomenológica existencial é compreender e perceber que os problemas, sofrimentos e angústia do outro tem coisas comum com o meu próprio mundo, assim ao ouvi-lo podemos realizar questionamentos de nosso próprio mundo aproximando-se assim de uma maior compreensão do mundo e da angústia do outro.
Tem como foco o cuidado com a existência do outro, fazer com que o paciente perceba a importância de sua existência, de sua liberdade, bem como da sua identidade, ser único que tem criatividade e diversas formas e caminhos de enfrentar e viver a vida. Compreender-se como homem, um ser do mundo, que tem sua individualidade e coletividade diante de suas relações com os outros.

Fonte Bibliográfica: artigo: Psicoterapia e a condição do ser-no-mundo. Marjore Vieira e Nádia Freitas. 

8 comentários:

  1. quando comecei a ler o texto lembrei imadiatamente de uma conversa que tive com uma pessoa há um tempo atrás, onde ele me perguntava o por que de eu ter escolhido a psicologia como profissão, ao ler o texto eu lembrei... thiago rodrigues

    ResponderExcluir
  2. Gosto muito da psicoterapia , ´pois aproxima o cliente do psicologo , aumentando o afeto e facilitando a cura da patologia.

    Rafael Almeida

    ResponderExcluir
  3. Apesar de nunca ter passado por um psicologo que tenha trabalho essa vertente mas imagino como deve ser prazeroso trabalhar dessa forma. As pessoas se dispõe a irem ter com esses proficionais e encontra tamanha empatia.

    ResponderExcluir
  4. isso de o paciente se ver como sendo compreendido por outra pessoa igual e ele, no caso o proprio terapeuta, com certeza facilita o diálogo e a interpretação de ambas as partes, o psicologo escuta de forma que se sensibiliza com o sofrimento daquele paciente, dando a chance do paciente sentir-se compreendido por completo. Muito interessante.

    Manu.

    ResponderExcluir
  5. Muito legal!!!
    Como diz sartre:
    No existencialismo o homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo.

    flavio moreira

    ResponderExcluir
  6. è Flávio essa frase combina perfeitamente, pois o paciente tem que saber que é ele quem faz as escolhas da sua vida.
    Maraysa

    ResponderExcluir